Ensino híbrido: como capacitar os professores

  • Activesoft

  • 3 anos atrás

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As mudanças provocadas pela pandemia do novo coronavírus evidenciou a necessidade de transformação do modelo de ensino no país. Nesse cenário, a metodologia dinâmica e participativa do ensino híbrido se mostrou promissora, garantindo o bom rendimento dos alunos, unindo o ambiente de aprendizagem virtual e o físico.

Contudo, para aplicar o modelo de ensino híbrido a escola precisa investir em recursos tecnológicos que agregam ao processo de formação dos alunos e oferecer capacitação prévia aos professores. 

Mas com o processo rápido de adaptação que as escolas precisaram passar, os mantenedores apostaram na adoção do modelo sem antes se prepararem seus docentes

Com o movimento rápido para acompanhar ou dar assistência aos alunos, os professores acabaram sendo prejudicados. O que impactou na qualidade do ensino oferecido no formato híbrido. 

Nesse sentido, com o artigo você vai entender a necessidade de investir na capacitação dos professores para o ensino híbrido. Além de aprender como a adoção de ferramentas tecnológicas podem contribuir para a transição deste novo modelo de ensino.

Continue a leitura para conferir!

Afinal, o que é ensino híbrido?

O ensino híbrido é uma metodologia que trabalha a complementaridade do ambiente de aprendizagem virtual e presencial, explorando as potencialidades de cada um. 

O método tem potencial revolucionar o processo de aprendizagem. Além disso, o ensino híbrido pode ser aplicado mesmo com o retorno das aulas presenciais.

Assim, é possível criar um ambiente de aprendizagem flexível, criativo e colaborativo. Possibilitando, assim, o desenvolvimento da capacidade de resolução de problemas dos jovens. 

Conforme o doutor em linguística aplicada e um dos autores do livro ‘Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação’, Adolfo Tanzi, o modelo difere do formato expositivo tradicional, em que o foco da aula é o professor e dá ao aluno “um papel mais ativo, para que seja criativo e tenha mais autonomia”.

Características do ensino híbrido

Essas são as características apresentadas pelo Adolfo Tanzi.

  • Aula fica descentralizada: explora a variedade dos espaços de aprendizagem como os laboratórios, bibliotecas, áreas externas, a própria casa dos alunos,  entre outros espaços em que o estudante possa desenvolver autonomia;
  • Atividades conduzidas pelos próprios alunos: o modelo possibilita que os alunos se reúnam e desenvolvam as atividades propostas entre si ou sozinhos, para desenvolver suas habilidades de resolução e promover interação entre os estudantes;
  • Trabalhos em grupos com propostas de apresentação diferenciadas: a proposta é que os conjuntos de alunos desenvolvam o mesmo conteúdo em formatos diferentes para apresentar a turma. Enquanto um grupo faz uma apresentação em slide, o outro pode trazer o conteúdo em vídeo e o outro pode desenvolver um quiz com o conteúdo, por exemplo; 
  • Metodologia da sala de aula invertida: a proposta da atividade é permitir que os alunos construam uma base de conhecimento antes da aplicação dos conteúdos em sala, conhecendo o tema que será abordado com antecedência e realizando pesquisas e leituras por conta própria;
  • Uso de ferramentas variadas para aplicação do conteúdo: a aula não depende mais de apresentações em slide. Para que o conteúdo seja trabalhado de forma interativa, os professores podem usar jogos, ferramentas online, vídeos, séries, filmes e promover discussões em fóruns e bate-papos online, por exemplo.

A diretora-presidente do Centro de Inovação para Educação Brasileira (Cieb), Lucia Dellagnelo, explica que o “verdadeiro ensino híbrido requer planejamento próprio; não é só misturar o presencial e o online. Se não mexer na proposta pedagógica, no espaço de aprendizagem e na autonomia do aluno, será só a mesma modalidade de sempre”.

Contudo, existem desafios para implementar essa série de mudanças agregadoras ao processo de ensino, sendo o despreparo dos professores o mais preocupante.

Como capacitar professores para o ensino híbrido?

O processo de transição do ensino presencial para o híbrido exige que os gestores ofereçam capacitação para os seus docentes. Assim, é papel da escola garantir que a transição dos profissionais aconteça de forma fluida e cuidadosa.

1. Faça um planejamento

O objetivo desse passo é garantir a segurança e a assertividade de todos os próximos. A importância desse planejamento prévio é essencial para o processo de capacitação dos professores. Nesta etapa a gestão e o corpo docente irão discutir quais ferramentas serão adotadas com base nas necessidades do ensino. 

É o momento de revisar o plano pedagógico e pesquisar opções de ferramentas que garantam a dinamicidade do ensino híbrido na aplicação de cada conteúdo.

Assim, depois de definir as ferramentas e plataformas, o setor financeiro deve avaliar a viabilidade das compras. E, em seguida, os professores poderão entrar em um processo de imersão para se especializar no uso de cada recurso. 

2. Invista em tecnologia

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Depois de elencar as necessidades, os gestores devem investir em sistemas, plataformas de sala de aula, aplicativos e assinaturas a recursos pagos que garantam a qualidade das práticas nos ambientes de aprendizagem físico e virtual.

Lembrando que a escola deve passar por um processo de adequação que garanta o atendimento aos alunos que estarão na sala de aula e os que acompanharão as aulas de casa. Então, recursos como uma boa sala de aula online, por exemplo, são indispensáveis. 

Além disso, para facilitar a computação de notas, planejamento das aulas, diário de classe e acompanhamento do desempenho dos alunos, a escola deve investir em um sistema de gestão que integre todos esses dados e garanta a otimização dos processos

3. Ofereça treinamentos

Muitos dos serviços contratados pela instituição já oferecem treinamento para os profissionais, todavia, outras capacitações precisam ser feitas pela própria escola. 

Então, para que as capacitações aconteçam de forma organizada, a escola deve dividir os professores em grupos e desenvolver um cronograma de treinamentos.

Nesse sentindo, a instituição pode definir um meio de comunicação para enviar as apostilas, vídeos e outros materiais de apoio para o processo de aprendizado. 

4. Contrate empresas e serviços que facilitem o processo de capacitação 

A escola não precisa se responsabilizar por criar e ministrar o conteúdo que o professor necessita no processo de capacitação para as aulas híbridas. Ela pode “terceirizar” o serviço contratando plataformas de cursos, investindo em oficinas, palestras e seminários com profissionais especializados no assunto para instruir melhor os professores. 

Para contratar os serviços certos, a instituição pode pedir que a equipe ajude no mapeamento de cursos, materiais e ferramentas que possam agregar no processo de capacitação.

Desse modo, a escola pode criar um canal de compartilhamento de sugestões. A ideia é concentrar as dicas em um único local para facilitar o processo de avaliação e decisão.

Nesse processo, a escola deve oferecer o suporte para os professores, mas não precisa se sobrecarregar no processo.

Lembrando que a instituição de ensino é uma junção de vários setores e neste processo de transição para o ensino híbrido, todos devem participar, afinal, a mudança não vai acontecer só na sala de aula. 

5. Ofereça capacitação continuada

O ensino híbrido está diretamente ligado ao uso de ferramentas tecnológicas, recursos esses que passam por constantes transformações. Sendo assim, os professores precisam estar constantemente alinhados com as novidades tecnológicas. 

Entendendo a necessidade e a importância de promover essa capacitação continuada, o Brasil já conta com a Associação Nacional da Educação Básica e Híbrida (ANEBHI).

A organização sem fins lucrativos que tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento da educação híbrida em todas as etapas e modalidades da educação básica.

A associação incentiva a formação e o desenvolvimento dos profissionais por compreender que a educação por meio do ensino híbrido é uma alternativa para que as escolas ofereçam educação básica com mais qualidade.

Garantindo, desse modo, que os alunos possam desenvolver melhor suas habilidades e conhecimentos por meio das práticas nos ambientes de aprendizagem. 

Depois de todos esses passos, os professores e a escola estarão preparados para entregar conteúdo de qualidade de forma inovadora. Garantindo, assim, o sucesso dos alunos tanto na vida acadêmica quanto na profissional. 

Lembrando que é necessário se comprometer com a qualificação dos docentes e compreender as limitações dos alunos no processo de transição para o ensino híbrido. 

Para isso, garantir recursos que viabilizem ambientes de aprendizagem online eficientes e práticos é fundamental. 

Bônus: Conheça o Google for Education

Uma das ferramentas essenciais para o ensino híbrido é a plataforma de aulas online, como o Google for Education. O recurso possibilita que professores e alunos se reúnam de forma virtual, de forma segura e prática.

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Além disso, a plataforma de aula online pode ser associada a um sistema de integração escolar para facilitar o acompanhamento acadêmico dos alunos. Recurso que facilita a criação de métricas mensurar os resultados do ensino híbrido.

O nosso sistema de gestão escolar, é um exemplo de recurso agregador para escolas que desejam fazer essa transição. 

Além de oferecer uma variedade de soluções a instituição de ensino, o sistema tem integração com o Google for Education, facilitando a criação de turma e importação de notas.

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